Do viño.Pan por pan.
La Región 6-2-09.
Vexo na televisión ó noso conselleiro do Medio Rural catando de vagariño unha copa de viño nun acto institucional ó que ten que asistir polo seu cargo. Sabendo da austeridade abstemia de Suárez Canal, a cousa ten o seu mérito. Por iso imos dedicarlle estes versos de Murilo Mendes, un gran poeta modernista brasileiro:
‘As redondezas do vinho. As asperezas do vinho. /
As veleidades do vinho. As veludezas do vinho. /
As calorias do vinho. Os labirintos do vinho. /
As branquidades do vinho. As verdolências do vinho. /
As rosaledas do vinho. As inverdades do vinho. /
As bordalesas do vin ho. As borgonhesas do vinho. /
As fluidezas do vinho. As espessuras do vinho. /
Os jaguardentes do vinho. As águas duras do vinho. /
As florisbelas do vinho. As florisfeias do vinho. /
Os operários do vinho. As excelências do vinho. /
As sonolências do vinho. Os maremotos do vinho’.